quarta-feira, 20 de agosto de 2008


E ela sabia que seu tempo não era o tempo do mundo.
Por isso por horas girava de olhos fechados dentro de seu quarto querendo sentir a sensação
entorpecedora de descontrole de seu corpo. Inventava histórias e jurava elas serem reais.
Depois de desperta pela manhã, corria abrir sua janela a fim de que o sol penetrasse em seus estímulos, ossos e derme. Vestia suas roupas como se a muito não se importassem para aparência. Ela sorria sem saber das dores do mundo, e fazia bem a todos que se metessem a cruzar seu caminho. Por horas espiava pela fresta pessoas desconhecidas,e acabava por saber muito da vida de estranhos. Ela era conectada às pessoas e desconectada do mundo. Ela era conectada a ela, e aos seus presentes. Ela era conectada a quem nunca amou. Ela acreditava e por acreditar esperava, e por esperar, recebia. E ela era feliz.
Um pouco mais sobre Alice.

Um comentário:

Anônimo disse...

que lindo!
era o que eu queria ler!
e li.